'Ele foi muito forte', diz sobrinha de vítima de ataque de pitbulls no RS
11/09/2025
(Foto: Reprodução) Entregador morreu após ser atacado por quatro pittbulls em Minas do Leão
Brigada Militar/Divulgação e Arquivo pessoal
Uma das últimas pessoas a conversar com o entregador de lenha Américo Sampaio, a sobrinha Joice Souza ouviu dele a descrição do ataque de quatro pitbulls que causou a morte dele, em Minas do Leão, interior do RS.
Mesmo gravemente ferido, ele foi levado a Porto Alegre consciente, diz a sobrinha.
"Veio acordado. Ele disse que gritando muito de dor. Mas ele veio acordado. Ele foi muito forte", relata à RBS TV.
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Américo morreu aos de 63 anos, cinco dias após o ataque, que ocorreu na tarde de sábado (6). Ele trabalhava como entregador de lenha e levava dois sacos até a casa de uma cliente, tutora dos animais. A Polícia Civil investiga o caso.
"Ele ainda me disse assim 'eu fui levar dois sacos de lenha'. R$ 15 cada um. Então, tu imagina, por R$ 30, ele acabou perdendo a vida", conta Joice.
Como foi o ataque
Américo relatou que a dona da casa pediu que ele entrasse no terreno e deixasse a lenha perto da casa, quando os cães o atacaram. Ele tentou se defender com mãos e pés. Os filhos da dona da casa tentaram impedir o ataque usando um cabo de vassoura, mas não conseguiram. O idoso sofreu ferimentos em praticamente todo o corpo, relata a sobrinha.
"Ele perdeu muito sangue e foi direto para transfusão. Disse que gritava por socorro”, afirma a sobrinha
A causa da morte ainda será determinada pelo Instituto Médico Legal. De acordo com familiares, os médicos informaram que o paciente apresentou infecção generalizada e falência renal.
Entenda o caso
O ataque ocorreu no sábado (6), quando Américo entrou na propriedade de uma mulher de 82 anos para entregar lenha. A idosa também ficou ferida. Um dos cães foi sacrificado no dia do ataque.
A Polícia Civil solicitou a entrega voluntária dos animais, mas a tutora se recusou. A Justiça autorizou a apreensão, realizada com apoio da Brigada Militar. Três cães foram levados ao canil da Penitenciária Estadual de Charqueadas.
O caso segue em investigação. Novas testemunhas serão ouvidas e o inquérito será encaminhado ao Ministério Público.
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